Hoje abri uma das minhas páginas de relacionamentos, e lá estava entre outros grandes poetas, Mário Quintana, lindo, me oferecendo um bom e belo dia!!!!!!!!!!!!!!!
Entrei na página de minha grande amiga Fernanda Cambuy e deparei-me com esse depoimento.
"Todas as poesias que postei agora pouco, encontrei em um caderno antigo, copiadas com minha letra e fiquei a fim de compartilhar aqui com vcs o meu gosto por poesias, leitura e escrita."
Pensei! Homenagearei hoje duas figuras importantes na minha vida. Quintana e Fernanda.
Fernanda Cambuy é professora de História. |
"Da vez primeira em que me assassinaram
Perdi um jeito de sorrir que eu tinha.
Depois, de cada vez que me mataram,
Foram levando qualquer coisa minha…
E hoje, dos meus cadáveres, eu sou
O mais desnudo, o que não tem mais nada…
Arde um toco de vela, amarelada…
Como o único bem que me ficou!
Vinde, corvos, chacais, ladrões da estrada!
Ah! Desta mão, avaramente adunca,
Ninguém há de arrancar-me a luz sagrada!
Aves da noite! Asas do Horror! Voejai!
Que a luz, trêmula e triste como um ai,
A luz do morto não se apaga nunca!”
Perdi um jeito de sorrir que eu tinha.
Depois, de cada vez que me mataram,
Foram levando qualquer coisa minha…
E hoje, dos meus cadáveres, eu sou
O mais desnudo, o que não tem mais nada…
Arde um toco de vela, amarelada…
Como o único bem que me ficou!
Vinde, corvos, chacais, ladrões da estrada!
Ah! Desta mão, avaramente adunca,
Ninguém há de arrancar-me a luz sagrada!
Aves da noite! Asas do Horror! Voejai!
Que a luz, trêmula e triste como um ai,
A luz do morto não se apaga nunca!”
Mario Quintana
Minha morte nasceu quando eu nasci...
Despertou, balbuciou, cresceu comigo...
E dançamos de roda ao luar amigo
Na pequenina rua em que vivi
Já não tem mais aquele jeito amigo
De rir que, aí de mim, também perdi
Mas inda agora a estou sentindo aqui,
Grave e boa, a escutar o que lhe digo:
Tu que és minha doce prometida,
Nem sei quando serão nossas bodas,
Se hoje mesmo... ou no fim de longa vida...
E as horas lá se vão, loucas ou tristes...
Mas é tão bom, em meio às horas todas,
Pensar em ti...saber que tu existes!
Mario Quintana
Despertou, balbuciou, cresceu comigo...
E dançamos de roda ao luar amigo
Na pequenina rua em que vivi
Já não tem mais aquele jeito amigo
De rir que, aí de mim, também perdi
Mas inda agora a estou sentindo aqui,
Grave e boa, a escutar o que lhe digo:
Tu que és minha doce prometida,
Nem sei quando serão nossas bodas,
Se hoje mesmo... ou no fim de longa vida...
E as horas lá se vão, loucas ou tristes...
Mas é tão bom, em meio às horas todas,
Pensar em ti...saber que tu existes!
Mario Quintana