domingo, 22 de março de 2015

O nosso lixo de cada dia.

Ontem vi algo inacreditável enquanto esperava o pedido de três marmitas para o almoço em família.  Um fulano com alguns folhetos de propagandas de produtos a ser consumido pela sociedade capitalista olhava as ofertas ansiosamente enquanto fumava um cigarro, até aí tudo bem, nada de anormal, quando de repente atirou-as ao chão sem remorso algum, nada de pensar em enchentes etc. Fiquei um tanto quanto intrigada, afinal o fulano estava “bem apanhado” e sujar as ruas me parece ser coisa de “gentinha”.  Eu o olhei com tamanha perplexidade que amaçou o último folheto de propaganda que ainda tinha em mãos e guardou no bolso da bermuda que trajava. Distrai-me por um instante em meio a um belo gole d’água que saciou imediatamente minha sede e ualala, o papel amassado se unia aos companheiros que estavam juntos a guia de sarjeta, com uma diferença, este estava amassado enquanto os outros ainda se mantinham intactos, pois não sofreram a ira dos dedos humanos e ostentavam as ofertas aos transeuntes menos distraídos.  A esposa do fulano que exibia uma postura exuberante e também esperava por marmitas, recebeu-as das mãos cuidadosa da balconista e veio ao encontro do “maridão” e, como um belo casal de pombinhos atravessaram a rua adentraram ao carro que se encontrava estacionado a sombra de uma majestosa árvore, rumaram para um sossegado almoço no lar doce lar. O que fiz?  Recolhi o material e coloquei-o numa “coisa” chamada lixeira.   

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