Ser negro no Brasil ainda é ser alvo de preconceitos e a ideia de separação de raças. Em um certo programa de entrevista, em um certo ano em um certo dia, em um certo dado momento o apresentador de renome virou-se e perguntou a certa entrevistada;
__ "Como é ser famosa e representante da tua raça?"
A então famosa cantora Zezé Mota respondeu com as seguintes perguntas:
__" Qual raça? A humana?"
Paradeira geral, e a entrevista foi encerrada. E assim o mundo continua a girar e, quando se faz a pergunta; qual raça, a humana? A sociedade prefere se calar. " Macaco desnutrido", essa foi a recente ofensa de uma criança para a outra que infelizmente ou felizmente, depende do olhar, chegou aos meus ouvidos. O que entendo? A sociedade se calando! Minha atitude? Iniciar um trabalho com essas crianças que ensine o que deveria ser de competência dos pais ou responsáveis. Mas o que esperar desses pais que são elos dessa sociedade que se cala! Mão a obra, não é esse o ditado popular? Se estou angustiada e estarrecida devo fazer a minha parte, mesmo que essa parte não era de minha inteira responsabilidade. Agora é.
A peça conta um pouquinho da história de uma imensa população africana que forçosamente trazida para o Brasil colonial deu um significativa contribuição para com o desenvolvimento do Brasil que vivemos na atualidade. Segundo Leandro Cândido, a peça tem por intenção que as pessoas ao irem ao teatro assistires a peça viagem ao passado deu seu país e percebam a história de sofrimento de um povo heroico.
No
desenvolvimento do regime escravocrata no Brasil, observamos que os negros
trazidos para o espaço colonial sofriam um grande número de abusos. A dura
rotina de trabalho era geralmente marcada por longas jornadas e a realização de
tarefas que exigiam um grande esforço físico. Dessa forma, principalmente nas
grandes propriedades, observava-se que o tempo de vida de um escravo não
ultrapassava o prazo de uma década.
Quando não se submetiam às tarefas impostas, os escravos eram severamente punidos pelos feitores, que organizavam o trabalho e evitavam a realização de fugas. Quando pegos infringindo alguma norma, os escravos eram amarrados no tronco e açoitados com um chicote que abria feridas na pele. Em casos mais severos, as punições poderiam incluir a mutilação, a castração ou a amputação de alguma parte do corpo. De fato, a vida dos escravos negros no espaço colonial era cercada pelo signo do abuso e do sofrimento.
Entretanto, não podemos deixar de salientar que a população negra também gerava formas de resistência que iam contra o sistema escravista. Não raro, alguns escravos organizavam episódios de sabotagem que prejudicavam a produção de alguma fazenda. Em outros casos, tomados pelo chamado “banzo”, os escravos adentravam um profundo estado de inapetência que poderia levá-los à morte.
Não suportando a dureza do trabalho ou a perda dos laços afetivos e culturais de sua terra natal, muitos negros preferiam atentar contra a própria vida. Nesse mesmo tipo de ação de resistência, algumas escravas grávidas buscavam o preparo de ervas com propriedades abortivas. Além disso, podemos salientar que o planejamento de emboscadas para assassinar os feitores e senhores de engenho também integrava esse corolário de ações contra a escravidão.
Segundo a perspectiva de alguns estudiosos, as manifestações culturais dos negros também indicavam outra prática de resistência. A associação dos orixás com santos católicos, a comida, as lutas (principalmente a capoeira) e as atividades musicais eram outras formas de se preservar alguns dos vínculos e costumes de origem africana. Com o passar do tempo, vários itens da cultura negra se consolidaram na formação cultural do povo brasileiro.
Do ponto de vista histórico, os quilombos foram a estratégia de resistência que melhor representou a luta contra a ordem escravocrata. Ao organizarem suas fugas, os negros formaram comunidades no interior das matas conhecidas como quilombos. Nesses espaços, organizavam uma produção agrícola autônoma e formas de organização sociopolítica peculiares. Ao longo de quatro séculos, os quilombos representaram um significativo foco de luta contra a lógica escravocrata.
Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola
Quando não se submetiam às tarefas impostas, os escravos eram severamente punidos pelos feitores, que organizavam o trabalho e evitavam a realização de fugas. Quando pegos infringindo alguma norma, os escravos eram amarrados no tronco e açoitados com um chicote que abria feridas na pele. Em casos mais severos, as punições poderiam incluir a mutilação, a castração ou a amputação de alguma parte do corpo. De fato, a vida dos escravos negros no espaço colonial era cercada pelo signo do abuso e do sofrimento.
Entretanto, não podemos deixar de salientar que a população negra também gerava formas de resistência que iam contra o sistema escravista. Não raro, alguns escravos organizavam episódios de sabotagem que prejudicavam a produção de alguma fazenda. Em outros casos, tomados pelo chamado “banzo”, os escravos adentravam um profundo estado de inapetência que poderia levá-los à morte.
Não suportando a dureza do trabalho ou a perda dos laços afetivos e culturais de sua terra natal, muitos negros preferiam atentar contra a própria vida. Nesse mesmo tipo de ação de resistência, algumas escravas grávidas buscavam o preparo de ervas com propriedades abortivas. Além disso, podemos salientar que o planejamento de emboscadas para assassinar os feitores e senhores de engenho também integrava esse corolário de ações contra a escravidão.
Segundo a perspectiva de alguns estudiosos, as manifestações culturais dos negros também indicavam outra prática de resistência. A associação dos orixás com santos católicos, a comida, as lutas (principalmente a capoeira) e as atividades musicais eram outras formas de se preservar alguns dos vínculos e costumes de origem africana. Com o passar do tempo, vários itens da cultura negra se consolidaram na formação cultural do povo brasileiro.
Do ponto de vista histórico, os quilombos foram a estratégia de resistência que melhor representou a luta contra a ordem escravocrata. Ao organizarem suas fugas, os negros formaram comunidades no interior das matas conhecidas como quilombos. Nesses espaços, organizavam uma produção agrícola autônoma e formas de organização sociopolítica peculiares. Ao longo de quatro séculos, os quilombos representaram um significativo foco de luta contra a lógica escravocrata.
Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola
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